O que interfere nas leituras do glicômetro?
Se você vive com uma condição que provoca quedas recorrentes de açúcar no sangue, como o hiperinsulinismo congênito, alguma doença metabólica ou até mesmo diabetes, provavelmente o glicômetro já é um dos seus melhores amigos. É um aparelho incrível, não é? Com apenas uma gotinha de sangue, ele diz se os seus níveis de glicose estão bem ou se você precisa agir.
Mas aqui vai o dado importante: embora os glicômetros sejam ferramentas super úteis, mas não perfeitas, há muitas coisas que podem interferir em suas leituras e te dar números que não refletem com exatidão o que realmente está acontecendo no seu corpo. E quando falamos de hipoglicemias, essa falta de precisão pode ser um grande problema.

As interferências nas leituras do glicômetro podem vir de muitas partes.
Por um lado, existem os fatores ambientais, como a temperatura, a umidade ou até mesmo a altitude. Sim, o clima pode ter um papel mais importante do que você imagina.
Por outro lado, existem os erros humanos. Porque, sejamos honestos: nem sempre usamos as tiras de teste da forma mais cuidadosa e às vezes até fazemos o controle sem lavar bem as mãos…
E, por fim, está o nosso próprio corpo, com coisas como alguns medicamentos (ex.: paracetamol, maltose, galactose, icodextrina) que tomamos ou os níveis de hematócrito — valores muito baixos ou muito altos de hematócrito (anemia, desidratação etc.) — que também podem influenciar nas leituras.
Tudo isso pode fazer com que o seu glicômetro mostre um número que pareça que tudo está bem, quando na realidade não está, ou vice-versa.
Pense da seguinte maneira: o glicômetro é como aquele amigo que te dá um conselho; geralmente acerta, mas não é infalível. Por isso, é super importante entender como essas interferências funcionam e o que você pode fazer para evitá-las.
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O papel do ambiente: quando o clima interfere
Não pensamos muito nisso, mas o clima pode ter um enorme impacto em como funciona o seu glicômetro. As temperaturas extremas, por exemplo, podem ser um verdadeiro dor de cabeça.
Se faz muito calor, as reações químicas nas tiras de teste se aceleram, e isso pode fazer com que os seus níveis de glicose pareçam mais altos do que realmente são. Por outro lado, o frio pode ralentizar essas mesmas reações e dar uma leitura mais baixa. E a umidade, bem, pode danificar as tiras e complicar ainda mais as coisas.
Você sabia que até mesmo a altitude pode afetar as leituras? Em lugares altos, onde há menos oxigênio, as reações enzimáticas nas tiras podem mudar. Isso pode fazer com que o glicômetro subestime os seus valores de glicose. Então, se você está na montanha e o número que vê não bate com o que você sente, agora já sabe o que pode estar acontecendo…
Para lidar com isso, sempre é uma boa ideia guardar o seu glicômetro e as tiras em um local fresco e seco. Se você estiver em um lugar com temperaturas extremas ou alta umidade, tente fazer o teste em um ambiente mais controlado. E se você mora em locais de altitude ou planeja viajar para esses lugares, considere obter um glicômetro projetado para lidar com essas condições.
Os erros humanos: porque somos humanos, afinal de contas
Agora vamos falar de nós, os humanos. Embora não façamos de propósito, é fácil cometer erros ao usar o glicômetro. Um dos mais comuns é manusear as tiras de teste de forma incorreta. Por exemplo, tocá-las na área onde se aplica o sangue pode contaminá-la com óleos, cremes ou sujeira das mãos, o que pode afetar o resultado.
E, por favor, não vamos esquecer que essas tiras têm data de validade. Usar tiras vencidas é como tentar ouvir música com fones de ouvido quebrados: simplesmente não vai funcionar bem.
O tamanho e a pureza da amostra de sangue também são cruciais. Se você usar uma gotinha muito pequena ou se o sangue estiver contaminado com suor, loção ou qualquer outra coisa, as leituras podem sair totalmente equivocadas. Aqui vai uma dica: se a primeira gota de sangue não parecer limpa, você pode limpá-la e usar a segunda para o teste.
O mais importante aqui é ser cuidadoso. Lave bem as mãos com água e sabão antes de fazer o teste. Certifique-se de que estejam completamente secas. E manuseie as tiras de teste como se fossem peças de cristal: com cuidado e apenas pelas bordas.
O que acontece se você confiar em uma leitura incorreta?
Quando falamos de hipoglicemias, cada leitura conta. Imagine que o seu glicômetro diga que está tudo bem, mas na realidade os seus níveis de glicose estão muito baixos. Isso pode ser perigoso, porque hipoglicemias não tratadas podem levar a sintomas graves como tontura, confusão, desmaios e até situações de emergência mais sérias.
Por isso, é sempre importante ouvir o seu corpo. Se você sentir que algo não está certo, mas o glicômetro disser o contrário, confie na sua intuição. Repita o teste ou consulte o seu médico para ter certeza.
O glicômetro é uma ferramenta, não um oráculo
O glicômetro é uma ótima ferramenta, mas não é perfeito. É como um copiloto no carro: ele ajuda você a navegar, mas a última palavra é sua. Usá-lo corretamente, entender suas limitações e trabalhar em conjunto com o seu médico pode fazer toda a diferença no manejo das hipoglicemias.
Na The Hippo House, sabemos o quanto é importante compreender como essas coisas funcionam. Por isso, além de informações úteis como esta, também oferecemos recursos educativos e atividades divertidas para que tanto crianças quanto adultos aprendam mais sobre as hipoglicemias. Nosso objetivo é que as famílias se sintam mais seguras e preparadas para lidar com qualquer situação.
Se você procura um lugar para aprender e compartilhar experiências, bem-vind@ à Hippo!
Se você tiver leituras que não correspondem a como você se sente, consulte sua equipe médica. Nunca ignore sintomas de hipoglicemia, mesmo que o glicômetro mostre valores normais.
Ajude-nos a ir mais longe
Como você vê, temos um monte de ideias, sonhos e boas intenções. Se você nos der uma mão, poderemos fazer muuuuitas outras coisas por e para as crianças que sofrem de hipoglicemias. Milhões de obrigado(a)!